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3. Mental Models

"Mental models are the images, assumptions and stories which we carry in our minds of ourselves, other people, institutions and every aspect of the world. Like a pane of glass framing and distorting our vision, mental models determine what we see." [4]

 Em termos cognitivos, os modelos mentais referem-se aos mapas do mundo que guardamos há longo tempo na nossa memória , bem como às percepções de curto prazo que as pessoas constróem com base no seu raciocínio quotidiano.

Os modelos mentais ou mapas mentais distorcem a forma como vemos a realidade. Assim se justifica que duas pessoas possam interpretar o mesmo evento de forma diferente. Consequentemente, estes modelos influenciam também as nossas acções. Em suma, o que vemos, como vemos e como agimos é influenciado por estes modelos. Por outro lado, a nossa vivência (que também inclui as nossas percepções e acções) determina os modelos que construímos do mundo que nos rodeia.

Estes modelos são geralmente invisíveis para nós. O objectivo desta disciplina é trazê-los à tona, explorá-los e refiná-los. Aqueles com "mapas" mais próximos da realidade serão os que mais facilmente encontrarão o seu rumo (e mais rapidamente obterão os resultados desejados).

3.1. Reflexão e Inquirição

Há duas competências-chave para a prática desta disciplina:

- reflexão - capacidade de parar e raciocinar sobre os modelos mentais e o modo como os construímos

- inquirição - manter conversações em que abertamente se partilham e exploram crenças e opiniões, interrogando, pesquisando e obtendo mais informações.

O que conseguimos SEM elas?

indivíduos incapazes de praticar a reflexão têm grandes dificuldades em ouvir os outros. Eles têm a tendência a ouvir apenas o que esperam que os outros digam e mostram pouca tolerância em aceitar interpretações diferentes das suas.
indivíduos incapazes de praticar a inquirição, provocam ,quando reunidos em grupo, longas horas de discussão. Não são capazes de em conjunto chegarem a conclusões. Frequentemente, estas reuniões acabam em acordos ou em desempates pela opinião da pessoa mais sénior presente no grupo.

O que conseguimos COM elas?

através de reuniões periódicas, identificar e mudar modelos mentais responsáveis por graves problemas na organização.
pessoas capazes de reflectir, partilhar opiniões abertamente, ouvir outras interpretações, ter discussões profundas e conclusivas, desafiar preconceitos individuais e colectivos.
pessoas capazes de expor os seus modelos mentais, sem receio que eles se revelem estúpidos ou irracionais. Se realmente for esse o caso, essas pessoas têm a oportunidade de mudar e dão-se gratas por terem descoberto obstáculos (para eles até então invisíveis) ao seu sucesso. Emocionalmente, esta descoberta é difícil: a pessoa passa por uma inicial posição defensiva (que deve o quanto antes abandonar sob o risco de continuar com modelos errados), embaraço quando descobre a fragilidade das suas razões, confusão e por fim alívio e contentamento por ter vencido este desafio. Do outro lado da barricada, do lado de quem desafia os modelos, há incerteza em como questionar e abordar a outra pessoa, relutância em abordar tabus (que deve ser desde logo combatida) e, por fim, o mesmo contentamento por ajudar alguém a identificar os seus erros. Dada a complexidade dos sentimentos envolvidos, esta conversa decorrerá melhor se as pessoas já tiverem assimilado algumas técnicas de diálogo e discussão em grupo (ver Team Learning).
descobrir novos modelos que se adequem melhor à realidade e influenciam positivamente as acções da organização. Atenção aos novos modelos: há que primeiro testá-los (na realidade) antes assumi-los como confiáveis. Uma boa forma de descobrir novos modelos é combinar imaginação com acção: se tivéssemos um diferente modelo do mundo como nos comportaríamos? Basta depois testar este novo comportamento e verificar se a nova visão do mundo se aproxima da realidade.

No processo de exploração de modelos mentais é fundamental um equilíbrio entre o advogar e o inquirir. Neste sentido, uma pessoa expõe o seu modelo e o raciocínio adjacente, desafiando outros a questionar e melhorar/modificar as suas convicções.

Devido a possíveis posições defensivas por parte de quem expõe as suas crenças ou à passividade ou, no oposto, agressividade de quem as desafia, este é um processo delicado. Todavia, resulta em descobertas criativas e inspiradoras para o futuro da empresa.

Há um conjunto alargado de papéis que os participantes neste processo podem tomar e que se procura reunir na figura seguinte:

Figura 3.1.1

 Há formas disfuncionais e desequilibradas de participar neste processo, das quais se destacam as seguintes:

"Interrogating" - o indivíduo empenha-se apenas em interrogar, sem ouvir a pessoa interrogada.
"Dictating" - o indivíduo "despeja" o seu ponto de vista sem explicar a sua linha de raciocínio.
"Politicking" - o indivíduo assume uma posição traiçoeira, fazendo julgar aos seus parceiros que está interessado no debate, enquanto se mantém afastado mentalmente.
"Skillful discussion" - o indivíduo ouve quando necessário e intervém correctamente, explicando o seu raciocínio. Não presume ter todas as respostas nem que aquelas que tem sejam as absolutamente correctas. Coloca-as abertamente à discussão.

O balanceamento de que se falava é, portanto, difícil tanto mais que cada um de nós tem uma certa predilecção natural por uma das partes. É , no entanto, um objectivo digno de ser perseguido pelo seu contributo para a nossa aprendizagem quando aplicado em discussões em grupo. Só ouvindo e intervindo abertamente se incentivarão os outros a expressar as suas ideias - a verdadeira fonte de novo conhecimento - sem qualquer receio.

Eis algumas dicas:

[Protocols for Improved Advocacy] [Protocols for Improved Inquiry] [Protocols for Facing a Point of View with which you Disagree] [Protocols for when you are at a Impasse]

 

 

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