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Definição de Conceitos

A metodologia BSP utiliza alguns conceitos do conhecimento geral das organizações e introduz alguns novos. Segue-se uma descrição sucinta de cada um deles:

Missão

A Missão explicita a razão de ser da organização, os seus princípios gerais por que se rege e é definida pela Administração.

Entidades do Negócio

As Entidades do Negócio são os Produtos/Serviços da organização, as Entidades Externas com que se relaciona e os Recursos que tem de gerir.

Estas Entidades são definidas logo a seguir à descrição da Missão e são a base em torno da qual se identificam os Processos e os Tipos de Informação e, portanto, delimitam sub-sistemas dentro da organização.

Numa perspectiva object-oriented cada entidade constitui um objecto de negócio (Business Entity = Business Object) da empresa.

Processos

Seguidamente definem-se os Processos como conjuntos de acções e decisões necessárias para gerir e actuar sobre as Entidades do Negócio.

Os Processos correspondem a grandes agrupamentos de actividades (Macro-Processos) que se realizam, ou devem realizar-se, para cumprir a Missão. Eles traduzem o que se faz, ou se deve fazer, e não o como se faz (Procedimentos).

São, em geral, obtidos a partir do ciclo de vida da Entidade de Negócio correspondente: Planeamento ou Revisão/Controlo; Obtenção; Utilização; Abate.

Tipos de Informação

São identificados de seguida os principais Tipos de Informação necessários à realização dos Processos, por serem criados ou usados por eles.

Matriz Processos x Tipos de Informação

A Matriz Processos x Tipos de Informação mostra para cada Processo quais os Tipos de Informação que ele cria (c) e quais os que usa (u).

Esta Matriz permite:

  • Delimitar sub-sistemas dos Sistemas de Informação, ou seja, conjuntos de Processos e Tipos de Informação com uma grande coerência interna (a título de exemplo representados por diferentes cores na matriz);
  • Evidenciar, para cada Tipo de Informação, qual o Processo que o cria e que outros Processos necessitam de o utilizar para a sua execução, quer sejam processos da mesma Entidade de Negócio ou de outra entidade;
  • Descrever as responsabilidades partilhadas por vários subsistemas (=objectos) e as interacções informacionais existentes entre eles, apenas identificando quais os Tipos de Informação que são utilizados por Processos exteriores ao seu subsistema ou, numa abordagem oposta mas com iguais resultados, identificando os Processos que utilizam Tipos de Informação exteriores ao seu subsistema.
  • Uma vez que muitos Tipos de Informação, apesar de criados por um certo Processo (e dentro de um certo sub-sistema), necessitam de ser utilizados por vários outros Processos de outros sub-sistemas, devem ser de acesso fácil e integrado pelos diferentes subsistemas que os utilizam, podendo preferencialmente ser centralizados;
  • Evidenciar que Tipos de Informação, por serem usados apenas por alguns Processos dentro de um só sub-sistema, parecem passíveis de serem informatizados de forma descentralizada.

Esta Matriz constitui a peça central da "Arquitectura Lógica do Sistema de Informação" da organização, a qual servirá de base à prioritização de projectos e de orientação das aplicações informáticas a desenvolver no futuro.

Matriz Processos x Estrutura Organizativa

Nesta Matriz repetem-se os Processos anteriormente definidos e tenta-se reflectir sobre que orgãos da estrutura têm intervenção (pequena, média, grande) e/ou decisão relativamente a cada Processo.

A Matriz Processos x Estrutura Organizativa evidencia que, para a realização da maioria dos Processos, há várias estruturas envolvidas e permite clarificar que estruturas diferentes precisam de ter acesso às informações criadas ou usadas por cada Processo e ainda, que estruturas deverão ser envolvidas em projectos de informatização / reorganização de áreas consideradas prioritárias.

Retroacção

Apesar das Etapas anteriores seguirem uma sequência, há que referir que a aplicação desta metodologia pode passar por várias etapas em que sejam repetidas algumas ou todas as fases enunciadas acima, pelo que cada nova etapa tem retroacções sobre as anteriores, o que obriga nalguns casos ao surgimento, eliminação, ou alteração dos resultados obtidos anteriormente.

Autores:

  • Alfredo Almeida
  • Licinio Antunes
  • Nelson Pereira
  • (adaptado por Pedro M. Coelho)

 

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