de Amy Jo Kim
Resumo por Ana Luísa Neves
Puramente virtuais ou não, espalhadas pelo ciberespaço existem imensas comunidades, grupos de pessoas que se partilham de pelo menos um interesse em comum. Social scaffolding é um conjunto de características que permite manter uma comunidade viva e em constante desenvolvimento. O que este artigo apresenta são nove medidas que poderão ajudar à criação, manutenção e desenvolvimento de uma comunidade. Ei-las:
· Definir a sua missão
· Criar locais de reunião distintos
· Criar perfis de membros que evoluam com o tempo
· Promover uma liderança efectiva
· Definir um código de conduta
· Aceitar um role de papéis
· Facilitar subgrupos de membros
· Organizar e promover eventos periódicos
· Integrar a comunidade com o mundo real
Uma coisa que caracteriza a maior parte das comunidades bem sucedidas é um propósito claro. Sem propósito ninguém sabe se quer ou não pertencer à comunidade, bem como não existem linhas mestras para a orientação da sua actividade. A missão elaborada deve ser completa mas também bastante flexível para que se possa ir adaptando às mudanças da comunidade e do meio envolvente. Porém, para que seja possível definir a missão, é necessário começar por ter um bom conhecimento da audiência. Uma forma de o conseguir é chegando à backstory da comunidade, isto é, à forma como essa comunidade se formou.
Todas as comunidades recorrem a locais para reunirem os seus membros. As comunidades virtuais, embora recorram por vezes a espaços físicos bem reais, tem também de se valer de locais virtuais de troca de opiniões. Esses locais podem ser meras mailing lists, por exemplo. O que interessa é que alguém comece por criar alguns, poucos, desses espaços e deixe que a comunidade, á medida das suas necessidades, vá tendo liberdade para criar outros ou aumentar os já existentes. Seja como for, todos estes espaços devem estar bem definidos para que os novos membros não se percam.
Nada melhor para conhecer as necessidades de uma comunidade do que ter os dados mais relevantes e actualizados dos seus membros. Ora, isto é possível recorrendo a uma base de dados. Porém, tal é muito dificil porque as pessoas geralmente resistem ao facto de terem de revelar alguns dos seus dados pessoais e, ainda por cima, para fins que podem não lhes parecer muito claros. O artigo apresenta algumas ideias para contornar este possível obstáculo.
A maneira mais efectiva de aumentar a qualidade de uma comunidade virtual é encontrando formas de a encher de possíveis líderes, isto é, pessoas que assumam o comando da comunidade, formalmente ou não, encontrando formas de a ir animando, acalmando, mas, sobretudo, desenvolvendo.
Este código tem de ser, antes de mais, fácil mas claro para que não assuste ninguém mas para que também não deixe dúvidas.
Numa determinada altura, uma comunidade pode ser formada por pessoas já antigas mas outras recém-chegadas. Por esta rezão, é necessário zelar para que os recém-chegados não se sintam intimidados, nem os mais antigos se sintam sub-estimados nas suas capacidades. É preciso que seja oferecida ajuda àqueles que agora chegam e que seja oferecida possibilidade de liderança àqueles que já a provaram merecer.
É frequente que entre os membros de uma comunidade surjam sub-grupos, isto é, sem dúvida, um sinal de vitalidade dentro da comunidade. O que a autora defende, é que, embora isto traga algum trabalho extra tornando o ambiente para os vários sub-grupos agradavel, isto acabará por conquistar a lealdade e simpatia dos membros envolvidos.
Para que uma comunidade virtual se assemelhe ao máximo a uma comunidade real, é necessário criar, tal como nestas segundas (missa, cinema, etc), um conjunto de eventos que reúna os seus membros periodicamente. No entanto, estas actividades não podem ser criadas ao acaso, tendo de se ter em consideração os hábitos, gostos, e características da maioria dos membros da comunidade.
Depois de ter uma comunidade virtual bastante sólida é necessário criar nela uma ligação com o mundo real. Esta ligação, poderá, em muitos casos, revitalizar a comunidade virtual e trazer-lhe um novo fôlego. Isto pode ser atingido recorrendo a encontros físicos entre os seus membros ou através das datas festivas no interface visual dos espaços em que a comunidade virtual se reune.
Ao longo de todo o artigo, a autora, apresenta exemplos de comunidades existentes que retratem o aspecto focado bem como sugere ideias bastante directas que permitam concretizar os princípios referidos.