O que é a Engenharia Informática?

por António Dias de Figueiredo
Departmento de Engenharia Informática
Universidade de Coimbra, Portugal


Resposta ao inquérito formulado pela organização do Encontro de Engenharia Informática e de Computadores (EEIC'96), Tomar, 21-23 de Junho de 1996


I. POSICIONAMENTO DA ENGENHARIA INFORMÁTICA

1. A criação de um colégio de engenharia informática é necessária? Porquê?

Se a Ordem dos Engenheiros pretender continuar a cobrir o domínio da Informática, deverá, de facto, criar um colégio específico para a engenharia informática. A engenharia informática apresenta-se, hoje em dia, como inteiramente distinta das outras engenharias, não apenas nos seus objectivos e métodos, mas também na forma como é reconhecida pelo meio socio-económico a que se destina. Para este, é vista como uma profissão do âmbito da Informática, que se assume como cobrindo um espectro profissional muito alargado. Os seguintes exemplos ilustram a identidade profissional e largo espectro da Informática:

O artigo "Criação de postos de trabalho: informática e comércio lideram o mercado", publicado no caderno de Economia do "Expresso" de 4 de Maio de 1996, baseado em dados do Instituto Nacional de Estatística, compara o emprego por ramos de actividade, de 1993 a 1996, e considera a informática como um ramo de actividade específico, tal como o comércio, as telecomunicações, os têxteis e calçado, a agricultura, ou as indústrias extractivas. O mesmo artigo afirma que "na informática o número de postos de trabalho aumentou 32% nos últimos 3 anos", o que reforça o reconhecimento de que a informática não só constitui um sector com autonomia própria como, além disso, se encontra em crescente expansão.

Na revista "FORTUNA" de Março de 1996, o artigo "Gestão & Carreiras: Privado versus Público", considera os informáticos e programadores como constituindo uma categoria à parte, separada da dos técnicos superiores, na qual se incluem os economistas e os engenheiros (que, de acordo com o referido artigo, auferem salários médios significativamente inferiores aos dos informáticos).

Na editorial "Administração Pública dá trabalho" publicada no caderno de Emprego do "Expresso"de 23 de Março de 1996, lê-se "Quase tão importante como o Estado foi o subsector da Informática, do qual partiram 11,9 por cento das ofertas de trabalho". Neste caso considera-se o "subsector" da Informática como comparável, em termos profissionais, com a totalidade da Administração Pública!!

Talvez seja oportuno recordar, neste contexto, e ainda que de forma muito expedita, um pouco da história das engenharias. A primeira forma de engenharia foi a engenharia militar, associada desde os tempos mais remotos às construções militares e às máquinas de guerra. Sendo certo que desde muito cedo surgiram figuras civis que poderiam ser consideradas como engenheiros, é também certo que só por volta do século XVII, com a sistematização da construção de grandes obras públicas, a engenharia não militar começaria a adquirir expressão própria. Para enfatizar o seu carácter não militar, chamou-se-lhe, então, engenharia civil. Durante cerca de dois séculos, a engenharia civil seria a única engenharia de carácter não militar, mas no século XIX, com a eclosão da revolução industrial e a generalização das aplicações da electricidade, acabaria por dar origem a duas novas engenharias: a engenharia mecânica e a engenharia electrotécnica. Na generalidade dos países, a engenharia informática nasceu a partir da engenharia electrotécnica. Por isso se compreende que o mesmo processo dinâmico que autonomizou as engenharias mecânica e electrotécnica a partir da engenharia civil tenha agora - na alvorada da sociedade da informação - autonomizado a engenharia informática a partir da engenharia electrotécnica. A criação de um colégio de engenharia informática na Ordem dos Engenheiros corresponderá ao reconhecimento formal dessa autonomia.

a) Serviria como certificação oficial de capacidades profissionais?

Deveria servir, desde que o fizesse de acordo com critérios de qualidade incontestáveis e de nível internacional.

b) Contribuiria para o aumento da qualidade de serviços das empresas?

Não haveria razão para a sua existência se não contribuisse para o aumento da qualidade de serviço das empresas e de todos os outros sectores da economia e da sociedade. A criação de um colégio por simples razões corporativas, de defesa de interesses de uma classe, sem uma profunda justificação social, económica e ética, seria, a meu ver, reprovável.

c) Acabaria com a 'zona cinzenta' entre Informáticos e Engenheiros Informáticos?

No momento que se atravessa mundialmente, de cruzamentos e recomposições interdisciplinares entre domínios do saber, e de flexibilização e polivalência das responsabilidades profissionais, parece-me difícil acabar com "zonas cinzentas" deste tipo. A criação de um colégio de engenharia informática, se animada por propósitos de qualidade, utilidade e valores, e se destituída de motivações sectárias de banda estreita, permitiria construir, aos poucos, um conceito nacional de engenheiro informático, sustentado por padrões comuns de qualidade e relevância socio-económica, e capaz de partilhar uma cultura e uma ética. Esse seria o factor distintivo. Uma diferença que não se baseie, de forma construtiva, em critérios de qualidade, utilidade socio-económica e ética dificilmente servirá os interesses últimos da engenharia informática em Portugal.

2. Quais são as principais diferenças entre a Engenharia Electrotécnica, a Ciência da Computação e a Engenharia Informática?

As diferenças são, antes de mais, de natureza histórica. A invenção dos primeiros computadores digitais, nos anos quarenta, mobilizou profissionais de vários domínios do saber. Os engenheiros electrotécnicos e os físicos desempenharam papel crucial no projecto e construção dos próprios computadores, mas os matemáticos foram, desde muito cedo, os grandes mentores da programação sistemática e da teorização de muitos dos conceitos surgidos em torno da nova invenção. Nas duas décadas que se seguiram, novamente os físicos, associados desta vez aos químicos, viriam a constituir-se como utilizadores intensivos das novas máquinas e, apoiados pelos matemáticos, viriam a contribuir para rápidos e significativos progressos da programação.

No início da década de sessenta começavam a nascer, nos países anglo-saxónicos, os primeiros departamentos universitários de Computer Science e de Computing Science. A distinção entre uns e outros não era clara, mas em grande número de casos tornava visível o confronto entre as duas grandes correntes que se consideravam legítimas herdeiras deste novo domínio do saber: os engenheiros electrotécnicos, que sabiam como fazer computadores, sistemas operativos, periféricos, entendiam que o novo domínio se devia centrar sobre os computadores; os matemáticos, que melhor sabiam fundamentar a programação e teorizar em torno dela, entendiam que a maior relevância se encontrava na computação.

Curiosamente, os informáticos de pendor electrotécnico, que partiam de premissas teoricamente erradas (nenhuma engenharia se concentra de forma exclusiva nos seus próprios instrumentos, mas sim na utilização socio-económica que se faz deles) rapidamente reconheceram a necessidade de reforçar a sua competência nas áreas da computação, que passaram a adoptar segundo uma perspectiva de engenharia, isto é, respeitando o princípio da utilidade socio-económica, do equilíbrio entre o teórico e o prático, o ideal e o possível, o complexo e o simples. Em contrapartida, os informáticos de pendor matemático, atraídos pela vertigem da beleza formal, da especulação intelectual e da abstracção, passaram a produzir profissionais de tal forma afastados das necessidades da economia que, já no iníco da nossa década, se gerou, nos Estados Unidos, um fortíssimo movimento no sentido de lhes recusar o estatuto de engenheiros. O artigo mais contundente desse movimento, da autoria de David Parnas, intitulado "Education for Computing Professionals", foi publicado na IEEE Computer [Parnas 90a]. Uma versão condensada deste artigo, publicada nas EducatioNEWS do IEEE [Parnas 90b] a pedido do Educational Activities Board, intitulava-se sintomáticamente "Computing Science vs Engineering Education". As observações que a seguir se reproduzem foram traduzidas a partir deste último.

"Quando observo, hoje em dia, os departamentos de Ciência da Computação, por esse mundo fora, fico apavorado com a incapacidade dos cientistas da computação para usar a matemática básica. Os cientistas da computação inventam com frequência novas matemáticas quando as velhas bastavam perfeitamente".

"Mais do que isso, muitos dos que trabalham nas áreas mais aplicadas da Ciência da Computação parecem incapazes de reconhecer a importância da análise sistemática de rotina que é necessária ao profissional de engenharia. São atraídos para tópicos "vistosos" que prometem resultados revolucionários. Rejeitam o planeamento sistemático, a documentação, a fundamentação teórica sólida e a validação que é tão essencial em Engenharia".

"Muitos dos estudantes de Ciência da Computação nunca foram expostos à disciplina associada à engenharia. Confundem provas de existência com produtos, brinquedos com ferramentas úteis. Aceitam as inconsistências bizarras e o comportamento imprevisto do software actual como normal.Constroem sistemas complexos sem análise sistemática porque não aprenderam a projectar um produto que torne possível essa análise". (...) Estão familiarizados com as regras de manipulação de símbolos do cálculo de predicados, mas são raramente capazes de aplicar a lógica em circunstâncias práticas".

"Os requisitos de fiabilidade estão a forçar a introdução de redundância nos sistemas informáticos. Infelizmente, os actuais licenciados de Ciência da Computação não têm, em geral, qualquer familiaridade senão com as abordagens mais ingénuas da redundância". "É motivo de preocupação para a segurança pública que muitos dos licenciados de Ciência da Computação venham a programar partes de sistemas de controlo, como os usados para gerir reactores nucleares ou ajustar superfícies de voo em aviões. Infelizmente, não conheço um único programa de Ciência da Computação que exija aos seus estudantes que sigam uma disciplina de teoria do controlo".

"Na altura em que a informática de tornou uma disciplina académica, os investigadores que estavam mais interessados em iniciar cursos de Ciência da Computação estavam preocupados com problemas como o projecto de linguagens de programação, a definição de linguagens de programação, e a construção de compiladores. Apesar de nenhum destes tópicos ter grande valor para a maioria dos estudantes, continuam a dominar a educação em ciência da computação". "(...) Numa palavra, os programas dos curso são projectados em torno dos interesses dos docentes e não das necessidades dos estudantes".

"Nos últimos anos tenho falado com vários investigadores e projectistas das mais avançadas empresas de informática, que afirmam claramente a sua relutância em recrutar licenciados em Ciência da Computação, seja qual fôr o nível. Têm empregos para pessoas que compreendam a engenharia; não necessitam de pessoas que projectem novas linguagens de programação nem novos compiladores".

Tendo, assim, comentado algumas diferenças daquilo que se costuma designar por ciência da computação relativamente à engenharia informática, resta agora procurar um pouco mais de rigôr nos comentários relativos à engenharia electrotécnica. A amplitude exigida a uma preparação de qualidade em engenharia informática torna impossível a um curso de engenharia electrotécnica manter uma componente sólida de engenharia informática. Dir-se-ia que tentar fazê-lo seria o mesmo que tentar manter um curso de engenharia civil especializado em engenharia mecânica! Das duas uma: ou seria um bom curso de engenharia civil com algumas (poucas) opções de engenharia mecânica, ou seria um mau curso de engenharia civil com uma boa especialização em engenharia mecânica.

Neste contexto, a única situação em que a engenharia electrotécnica poderá, nos nossos dias, contibuir para a formação de engenheiros informáticos genuinos será em licenciaturas de tipo misto (engenharia electrotécnica e informática), em que do jogo das opções escolhidas ao longo do curso possam resultar profissionais especializados em engenharia electrotécnica ou em engenharia informática, mas não nas duas! Nesse caso, haverá que tornar claro perante o mercado de trabalho qual o perfil que o licenciado adquiriu. Por outro lado, é possível formar licenciados de tipo misto, que não sendo, nem engenheiros electrotécnicos nem engenheiros informáticos genuinos, adquirem uma formação mista cuja utilidade no mercado de trabalho pode ser indiscutivel. Nesse caso, contudo, não poderão ser credenciados, nem como engenheiros electrotécnicos nem como engenheiros informáticos.

3. Como é que a engenharia informática se distingue das especialidades em informática nas restantes engenharias?

Penso que esta pergunta ficou respondida com a parte final da resposta à anterior: as especialidades em informática das restantes engenharias correspondem a formações de espectro estreito em domínios específicos da engenharia informática. Não cobrem a plena amplitude de uma formação integral em engenharia informática.

4. Quais as principais diferenças entre a profissão de Engenheiro Informático e as outras profissões associadas, como sejam a de Programador, Gestor de Sistemas, Técnico de Informática, Analista de Sistemas, etc...?

A profissão de engenheiro informático engloba uma grande variedade de perfis profissionais, nos quais se inclui a generalidade dos mencionados. De acordo com um documento de apoio à discussão da Reforma de 1995 da Licenciatura em Engenharia Informática da Universidade de Coimbra [Figueiredo 95], produzido com base num extenso estudo da profissão noutros países europeus e em Portugal, podem-se distinguir actualmente vários perfis profissionais de engenheiro informático, alguns dos quais não são ainda solicitados no nosso País: Analista Programador (por vezes também chamado Analista de Sistemas), Chefe de Projecto, Engenheiro de Software, Engenheiro de Informática Industrial, Engenheiro de Multimedia, Engenheiro de Sistemas (ou Administrador de Sistemas), Analista de Exploração (ou Chefe de Exploração ou de Centro), Gestor de Sistemas de Informação (ou Director de Sistemas de Informação), Engenheiro de Redes (ou Gestor de Redes), Engenheiro de Segurança, Administrador de Bases de Dados (ou Administrador de Dados), Engenheiro do Conhecimento (ou Engenheiro de Inteligência Artificial), Engenheiro Ergónomo (ou Engenheiro Interactivista), Responsável de Microsistemas, Engenheiro Comercial, e Engenheiro Técnico-comercial. Uma formação universitária em Engenharia Informática deverá ser capaz de fornecer ao futuro engenheiro informático a preparação de base para exercer a sua profissão em qualquer destes perfis. A descrição pormenorizada dos perfis, retirada a partir do documento acima citado, estará brevemente disponível na Internet [Figueiredo 96].

O perfil profissional de Programador, embora possa ser exercido por engenheiros informáticos, que deverão estar perfeitamente habilitados a programar numa grande variedade de ambientes, não é hoje reconhecido como característico da profissão, já que pode também ser exercido por profissionais com cursos médios. Por isso não foi incluido na lista acima.

II. DEFINIÇÕES DE REFERÊNCIA

1. Como define Engenharia Informática?

A melhor maneira de definir a engenharia informática é, penso eu, através da descrição dos seus diversos perfis, acima discriminados. No entanto, se instado a produzir de improviso uma definição breve, penso que arriscaria qualquer coisa como:

engenharia informática é o ramo da engenharia que recorre a métodos, técnicas e ferramentas de

tendo em vista a resolução de problemas de natureza económica ou social.

A insistência (algo redundante) na componente económica e social não é inocente, e reafirma a minha convicção de que, na linha das reflexões teóricas de eminentes filósofos [Habermas 79] e de investigadores da profissão de engenheiro [Solomon 96], este factor é essencial para distinguir a postura do engenheiro informático relativamente à postura do cientista da computação.

2. Qual deve ser a formação de base de um engenheiro informático?

Penso que uma formação de base equilibrada deverá cobrir as seguintes áreas científicas e distribuição de créditos mínimos:

Dentro da Informática, penso que, na linha das propostas do Curriculum 91 da ACM/IEEE-CS [Tucker 91a, Tucker 91b, Tucker 91c], deverá incluir: 3. Quais são os principais núcleos de conhecimento científico/tecnológicos que o engenheiro informático deve possuir obrigatóriamente?

Penso que a resposta à pergunta anterior esclarece este ponto.

4. Que responsabilidades profissionais devem ser atribuídas ao engenheiro informático relativamente à sua competência específica e à qualidade da sua actividade?

Devem-lhe ser atribuídas as responsabilidades inerentes ao exercício qualificado dos perfis profissionais acima citados, incluindo as de assumir os respectivos riscos, perdas e culpas, no respeito escrupuloso da legislação e dos princípios da ética profissional.

III. ÁREAS DE ESPECIALIZAÇÃO

1. Devem ser criadas áreas de especialização dentro do colégio de engenharia informática?

Sim, com base, não em conteúdos de formação (como um académico se sentiria inclinado a defender), mas sim no respeito dos perfis de exercício da profissão e das competências necessárias para os exercer.

2. Que áreas de especialização devem ser criadas? E quais as suas definições?

Devem ser criadas as seguintes áreas de especialização, que se definem através da indicação dos perfis profissionais por elas cobertos:

IV. DECLARAÇÃO DE OPINIÃO

1. Indique outras opiniões que não tenha manifestado neste questionário e que pense serem importantes?

A realização deste debate acerca da engenharia informática como profissão constitui uma iniciativa de grande mérito, que felicito com entusiasmo. Contudo, a ênfase exagerada que o debate coloca na criação de um colégio de engenharia informática na Ordem dos Engenheiros é, a meu ver, parcialmente desadequada. Tratando-se de uma iniciativa de uma das várias licenciaturas em engenharia informática da cena nacional (por sinal, uma das mais jovens), facilmente fará crer, injustamente, que a nova licenciatura pretende recuperar nos meandros da política uma presença que o amadurecimento temporal não lhe permitiu, ainda, conquistar. Estando eu certo que não é essa a intenção dos organizadores, faço questão de deixar explícito o meu comentário.

Também, se o tema "Criação do CEIC", inscrito no programa do encontro, corresponde à intenção da criação de um eventual Colégio de Engenharia Informática e de Computadores, devo exprimir desde já o meu enfático desacordo quanto à designação. Por razões teóricas, de sociologia das profissões, que acima aflorei, a referência aos computadores seria absolutamente aberrante, tal como seria aberrante falarmos de uma Ordem dos Médicos e das Doenças, ou de uma Ordem dos Advogados e das Leis.

Finalmente, cumpre-me exprimir votos para que a iniciativa tenha o maior sucesso na discussão da problemática da engenharia informática como profissão, e na confirmação, perante a Ordem dos Engenheiros, da importância e urgência da criação de um colégio de engenharia informática que, sem motivações sectárias de banda estreita, permita construir, de forma amplamente participada, um conceito nacional de engenheiro informático sustentado por padrões comuns de qualidade, relevância socio-económica, identidade cultural e valores éticos. Espero, igualmente, que se repita em anos futuros, numa perspectiva que contemple de forma mais expressiva todas as partes interessadas no debate. A engenharia informática representa uma profissão de futuro, com desafios científicos, tecnológicos, económicos, socio-culturais e éticos que não se encontram em muitos dos outros ramos da engenharia. A sua construção, em Portugal, na era da globalidade, da multidisciplinaridade e das sociedades aprendentes é uma tarefa gigantesca e fascinante. Todos seremos poucos para a levar a bom termo.

Referências

[Figueiredo 95] Figueiredo, A.D., "Perfis de Emprego dos Engenheiros Informáticos", documento de referência para a Reforma da Licenciatura em Engenharia Informática, Comissão Científica do Departamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra, Fevereiro, 1995.

[Figueiredo 96] A. Dias de Figueiredo, "A Engenharia Informática como Profissão", http://www.dei.uc.pt/~adf/enginf.html

[Habermas 79] J. Habermas, Communication and the evolution of society (transl. with an introduction by Thomas McCarthy), Beacon Press, Boston , 1979.

[Parnas 90a] Parnas, D.L., "Education for Computer Professionals", IEEE Computer, Vol. 23, No. 1, January 1990, pp. 17-22.

[Parnas 90b] Parnas, D.L., "Computing Science vs. Engineering Education", IEEE EducationNews, Vol. 3, No. 1, April 1990, pp. 3-5.

[Solomon 96] Solomon, F.L., "Reflections on the profession of engineering", TIE Multi-Disciplinary Engineering Transactions, (to be published).

[Tucker 91a] Tucker, A. B., Barnes, B.H. et al., "Computing Curricula 1991 - Report of the ACM/IEEE-CS Joint Curriculum Task Force", Association for Computing Machinery, Inc., 1991.

[Tucker 91b] Tucker, A. B. and Barnes, B.H., "Flexible Design: A Summary of Computing Curricula 1991", IEEE Computer, Vol. 24, No. 11, Nov. 1991, pp. 56-66.

[Tucker 91c] Tucker, A. B., Barnes, B.H. et al.,"A Summary of the ACM/IEEE-CS Joint Curriculum Task Force Report Computing Curricula 1991", Communications of the ACM, Vol. 34, No. 6, Jun. 1991, pp. 69-84.


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Concluido em 7 de Junho de 1996