[Glossário Geral]
A  
Adocracia 
Expressão da autoria de Alvin Tofler e popularizada por Robert Waterman, aplicável a qualquer forma de organização que rompa com as tradicionais normas burocráticas dominantes em empresas em fase de maturidade, com vista à detecção de oportunidades, resolução de problemas e obtenção de resultados. A tónica é o incentivo à criatividade individual enquanto caminho para a renovação organizacional.  

Agências de emprego 
Empresas especializadas em conciliar a procura e a oferta de trabalho na economia. Podem estar vocacionadas para sectores específicos, para o trabalho temporário, ou ainda para o recrutamento de quadros médios e superiores.  

Aldeia Global 
Conceito correspondente a uma nova visão do mundo viabilizada pelo desenvolvimento das modernas tecnologias de informação e pela facilidade e rapidez dos meios de transporte e telecomunicações.  

Aliança estratégica 
Associação entre várias empresas que decidem unir recursos físicos e humanos como opção estratégica de crescimento, de maneira a atingirem um dado objectivo comum. Esta relação de parceria é frequentemente estabelecida entre concorrentes ou fabricantes de produtos ou serviços complementares, enquanto forma de minimização de investimento, captação de know-how face a novos mercados ou reforço de competências centrais. Estas alianças têm tido particular relevância na área das novas tecnologias e são fortemente defendidas pelos gurus da gestão da actualidade.  

Análise de risco 
Revisão sistemática de todos os riscos do negócio, envolvendo a análise da incerteza decorrente de factores tão variados como o desenvolvimento de novos projectos, a entrada em novos mercados ou a interacção com um determinado grupo de clientes a quem sejam concedidas condições de crédito.  

Análise de viabilidade 
Estudo das possibilidades de sucesso de um determinado projecto. É um exame detalhado às características e variáveis que afectam esse projecto que pode ser, por exemplo, o lançamento de um novo produto, um investimento ou a aquisição de nova tecnologia.  

Anorexia Empresarial 
Descrição de Hamel e Prahalad sobre as empresas que reduzem continuamente os seus custos e o número de efectivos, sem se preocupar em redefinir funções e processos ou em revitalizar a cultura organizacional.  

Árvore de Decisão 
Representação gráfica das alternativas disponíveis a partir de uma decisão inicial.  

Auditoria 
Actividade levada a cabo por uma organização externa e independente da empresa examinada e que consiste na condução das análises necessárias à verificação das demonstrações financeiras, que devem reflectir, de forma aproximada, a situação patrimonial e os resultados da empresa auditada.  

Automação / Automatização 
Utilização de máquinas em substituição de mão-de-obra. A robótica é parte importante na automação, bem como as tecnologias de informação, os computadores e as telecomunicações.  

Autoridade 
Ter o direito de decidir e agir.

B 
 
Barreiras à entrada/saída  
Obstáculos que as empresas enfrentam ao entrarem ou saírem de um mercado. Podem ser barreiras naturais ou artificiais, se criadas por empresas já existentes no mercado. Para evitar o abuso de possíveis posições dominantes, nalguns países surgiram leis anti-trust. As barreiras à saída correspondem a um conjunto de situações, que desencoraja as empresas a abandonar um mercado. Por vezes é mais elevado o custo de cessação de actividade num dado mercado do que os custos para nele permanecer, nomeadamente devido às indemnizações a pagar aos empregados.  

Benchmarking 
Processo contínuo de avaliação e comparação do nível de desempenho das melhores empresas no mercado, que visa atingir uma melhoria de performance. Para efectuar esta análise, os concorrentes servem de termo de comparação, assim como empresas de outros sectores de actividade. Pode ainda envolver um comparação da eficácia na realização das principais funções e processos entre diferentes departamentos ou unidades de negócio da empresa.  

Bolsa de Valores 
Local onde compradores e vendedores de activos se encontram para efectuar transacções. Hoje em dia, com o desenvolvimento das novas tecnologias de informação, este espaço perdeu um pouco a sua importância, evitando-se assim a presença física dos corretores na Bolsa.  

Bónus 
Conjunto de pagamentos efectuados, por ter sido atingido um dado desempenho tido como objectivo.  

Brainstorming 
Forma colectiva de geração de novas ideias através da contribuição e participação de um grupo. Partindo do princípio que um grupo tem mais hipóteses de gerar ideias do que um só indivíduo. Trata-se de um método importante que permite desenvolver pensamentos criativos e ideias promissoras.  

Branding 
Diferenciação de um bem ou serviço pela atribuição de uma marca e/ou nome identificativo. Tem normalmente associado o conceito de garantia de qualidade e os consumidores tendem a assumir as marcas como pontos de referência.  

Break-even 
Conceito que tem por base a determinação do ponto em que o valor total das receitas iguala o total dos custos ( incluindo custos fixos e variáveis). Permite a identificação do "ponto morto das vendas", ou seja, o ponto em que o lucro é nulo. É um instrumento valioso e muito utilizado, pela sua simplicidade, quando se estuda a possibilidade de entrar num mercado ou de lançar um novo produto.  

Brokers Corretores 
Indivíduos que actuam como intermediários de transacções em benefício de quem representam, em troca de uma comissão. Tal como existem vários mercados, existem também vários tipos de corretores: corretores de mercadorias ( commodity brokers ), corretores de seguros ( insurance brokers ) e corretores da Bolsa ( stockbrokers ). Um corretor não pode possuir uma carteira de aplicações.  

Buy-In/Buy-Out 
Tipo de gestão popular na década de 80, em que grupos de gestores compravam empresas através de empréstimos de bancos que dirigiam, ficando o banco com o controlo do activo da empresa como caução dos empréstimos. A diferença entre buy-in e buy-out reside na origem dos compradores. Se estes já pertencerem à empresa que vão comprar, utiliza-se buy-out . Se, pelo contrário, eram exteriores à empresa, diz-se buy-in.

C 
 
Cadeia de valor 
Modelo desenvolvido por Michael Porter e que corresponde ao conjunto de actividades desenvolvidas por uma empresa, desde a concepção do produto até ao serviço pós-venda. Considera a existência de cinco categorias genéricas de actividades primárias: logística interna; operações; logística externa; marketing e vendas; e serviço ao cliente. Para se retirar o máximo partido desta abordagem é recomendada a realização da análise para as principais actividades e subactividades, bem como para os principais clientes e concorrentes.  

Canal de distribuição 
Caminho percorrido pelo produto final desde a fábrica até ao consumidor final. As empresas podem possuir apenas um canal de distribuição ou seguir uma estratégia multicanal.  

Capital de risco 
Investimento necessário para iniciar uma actividade ou impulsionar o arranque de empresa com elevado potencial de desenvolvimento, geralmente em fase de lançamento ou crescimento. Apesar de exisitirem riscos no início da actividade, espera-se uma recuperação obtida dos ganhos de capital e não da distribuição de dividendos.  

Cartel 
Forma de redução da concorrência pela constituição formal de um grupo de empresas que estabelece acordos quanto à fixação de preços. Em muitos países o cartel é considerado uma prática ilegal.  

Cash cow 
É considerado um dos quadrantes que compõe a matriz BCG ( Boston Consulting Group ). Esta classificação corresponde às empresas com elevada quota de mercado em sectores de crescimento reduzido.  

Ciberespaço 
Espaço de convergência de todos os meios de comunicação - áudio, vídeo, telefone, televisão, cabo e satélite. Há 30 anos, Marshall McLuhan previu o aparecimento de uma rede de telecomunicações que se tornaria na tradução electrónica do sistema nervoso humano. A aldeia global viabilizada pela Internet possibilitou o acesso de milhões de pessoas a uma partilha de informação, experiências e actividades que ultrapassam as barreiras tradicionais do espaço, tempo, língua e cultura.  

Cibernética 
Estudo das funções humanas de controlo e da possibilidade da sua substituição por sistemas mecânicos e eléctricos. Conceito da autoria de Norbert Weiner, desenvolvido nos anos 40, e cuja evolução tem sido crítica para a concepção de complexos sistemas informáticos e experiências no âmbito da robótica.  

Ciclo de vida do produto 
Conceito que descreve a presença de um produto ou serviço no mercado segundo uma evolução em quatro fases: introdução; crescimento; maturidade; e declínio. Em cada momento, a fase neste processo determina a taxa de crescimento das vendas, a rentabilidade e as linhas gerais da estratégia a adoptar.  

Círculo de qualidade 
Concebido por Ishikawa, este sistema assenta na criação de equipas de trabalhadores responsáveis pela qualidade das tarefas executadas e pela identificação de melhorias que possam conduzir a ganhos de eficiência e produtividade.  

Cisão 
Processo contrário ao de uma fusão. Consiste na separação de uma empresa em duas ou mais unidades independentes. Os produtos comercializados, a identidade, assim como os mercados em que estão inseridas estas unidades devem ser distintos.  

Co-opetição 
Conceito recente que significa trabalhar em conjunto com os concorrentes por forma a beneficiar das suas capacidades e características distintivas no domínio da produção, distribuição ou qualquer outra competência. Muitas empresas, reconhecendo a necessidade de cooperar e competir ao mesmo tempo, começam a encarar os concorrentes que produzem e vendem produtos ou serviços complementares como potenciais parceiros.  

Comissões 
Compensação paga como percentagem do salário total recebido pela pessoa.  

Consórcio 
Grupo de empresas que une esforços na realização de um dado projecto. Trata-se de uma maneira, de empresas do mesmo ramo partilharem o investimento necessário na execução de grandes obras ( por ex.: consórcio LusoPonte é responsável pela construção da nova ponte sobre o rio Tejo ). No entanto, um consórcio pode englobar empresas de áreas distintas, quando tal se justifique.  

Consultoria de gestão 
Actividade que consiste na recolha de informação e análise do funcionamento de uma empresa, diagnóstico dos seus problemas, apresentação de recomendações e orientações a seguir para a sua implementação. A área da consultoria, devido ao crescimento atingido, tenderá a dividir-se em cinco grupos: sistemas de informação; desenvolvimento de produtos e tecnologia; eficácia organizacional; estratégia empresarial; e sector público.  

Controlo de qualidade 
Inspecção efectuada em diferentes fases do processo de fabrico de um produto, realizada normalmente através de amostragem. São estabelecidos padrões de qualidade, que implica que os produtos que não satisfizerem estes critérios são automaticamente rejeitados. O Japão trata-se de um dos países em que este conceito foi levado ao extremo, sendo predominante o princípio dos zero defeitos.  

Core business 
Expressão que define o negócio central de uma dada empresa.  

Core competencies 
Descreve os pontos fortes e conhecimentos que permitem a uma empresa ser mais competitiva. Para a empresa os clientes devem ser importantes, pelo que lhes deve prestar bastante atenção.  

Cultura organizacional 
É constituída pelas normas, valores e práticas que caracterizam uma empresa e a tornam única. Assim, trata-se do principal factor responsável pelo desenvolvimento de um sentido de unidade e participação colectiva. Por muitos gurus é considerada como o grande segredo responsável pelo sucesso das empresas com melhor performance a longo prazo.

D 
 
Declaração de missão 
Documento no qual devem estar definidos os objectivos do negócio, a forma dos atingir e ainda os principais valores da empresa. Entre outras coisas, serve para introduzir um espírito de equipa e de unidade entre os funcionários. Para tal, a declaração da missão deverá ter resultado de um consenso alargado, para que possa ser cultivada e aceite por todos os elementos da empresa.  

Delegation of autority 
Processo pelo qual os gestores atribuem o poder de decisão em certas áreas aos seus subordinados.  

Departmentalization 
Consiste na divisão e atribuição de trabalho por grupos especializados dentro da organização.  

Diversificação 
Estratégia empresarial com a qual se pretende a produção de produtos distintos em diferentes mercados. Nos dias de hoje está fora de moda, pois as empresas estão mais apostadas na especialização, ou seja, procuram canalizar os seus esforços para as suas competências centrais.  

Dogs 
Um dos quadrantes da matriz BCG, que definem as empresa com uma pequena quota de mercado num sector de fraco crescimento.  

Downsizing 
Processo de reestruturação que reduz bastante a dimensão da organização, sendo isso feito através da redução do número de níveis hierárquicos ou do abandono de negócios que não estejam relacionados com as core competencies. Normalmente, implica a redução do número de efectivos, de modo a controlar as despesas e rentabilizar ainda mais a empresa.

E 
 
EDI 
Electronic data interchange. Regras ou standards responsáveis pela conversão do formato de um documento transmitido para um formato compatível com o sistema do receptor da mensagem. No meio empresarial, tem tido um grande desenvolvimento, assegurando a troca de informação entre parceiros, clientes e fornecedores.  

Empowerment 
Significa a descentralização de poderes pelos vários níveis hierárquicos da empresa, o que se traduz em incentivos para a tomada de iniciativas em benefício da empresa como um todo. Passa pela delegação de autoridade e responsabilidade a um dado indivíduo ou grupo dentro da empresa, sendo no entanto acompanhado e apoiado pelas chefias. Cada indivíduo deverá ter o poder necessário e suficiente para controlar o seu próprio trabalho, reduzir custos e promover a eficiência e a motivação. Este conceito tem vindo a ser cada vez mais seguido no meio empresarial, pois é entendido como um factor crítico de sucesso a longo prazo.  

Entrepreneur 
Alguma pessoa que crie uma nova actividade de negócio na economia.  

Equipas autogeridas 
Grupo de pessoas inteiramente responsáveis pelos resultados de um determinado processo, dispondo os seus membros de todos os instrumentos essenciais à resolução de problemas inerentes ao seu trabalho. Este grupo é ainda responsável pela atribuição de tarefas e pelo planeamento do trabalho. Trata-se de um dos principais elementos que dão maior flexibilidade à estrutura organizativa, dada as crescentes pressões de mudança e capacidade de resposta às exigências dos consumidores.  

Estratégia 
Este conceito representa toda a lógica global de funcionamento de um dado negócio e deve definir as razões pelas quais a empresa tem vantagens competitivas. Nela se devem incluir as core competencies, como também serve para definir o que a empresa de facto faz. Mesmo que não esteja definida propriamente uma estratégia dentro da empresa, o comportamento desta, constitui uma indicação da sua orientação estratégica. Portanto, o conjunto de políticas gerais a empreender para a concretização de objectivos pré-definidos, define uma estratégia.  

Estrutura 
Forma de organização de uma empresa. Existem diversos modelos, no entanto, para escolher um deles, vários autores defendem que a estratégia seguida pela empresa é um factor decisivo na selecção do modelo a adoptar.  

Estrutura funcional 
Designação usada para definir a organização de uma empresa por funções ou departamentos ( ex. Finanças, Marketing, Recursos humanos e Produção ).  

Estudo de mercado 
Recolha e análise de informação relativa a certos mercados. Este método é bastante usado, quando se analisa mercados potencias para novos produtos. Existem dois tipos de estudos, quantitativos e qualitativos. Apenas os primeiros, baseados em métodos de análise estatística, permitem tirar algumas conclusões.  

Ética empresarial 
Consiste na definição de regras e princípios de comportamento genericamente aceites no mundo dos negócios. Faz sentido falar em ética empresarial, pois existem empresários pouco éticos no desempenho das suas funções. Assim, devem-se reconhecer valores e comportamentos dentro da empresa, de forma a credibilizar a gestão da mesma. Engloba também a ideia de que as empresas devem contribuir positivamente para a sociedade. Costuma-se relacionar este conceito com o princípio de responsabilidade social inerente às empresas, segundo o qual estas possuem obrigações decorrentes da sua integração na comunidade.  

Excelência 
Filosofia de gestão inspirada no livro In Search of Excellence de Tom Peters e Robert Waterman, de 1982. No fundo, trata-se de uma viragem no pensamento dos gestores para a procura da qualidade direccionada para o cliente. Este livro forneceu uma metodologia de investigação e diagnóstico de empresas pela teoria dos seven Ss: strategy; structure; systems; style; staff; skill e share values. As empresas são consideradas excelentes se possuírem oito características: a proximidade com o cliente; a tendência para a acção e iniciativa; a autonomia individual; a aposta nos recursos humanos; a criação de valores; a centralização na actividade que melhor domina; a simplicidade formal; e a existência em simultâneo de rigidez e flexibilidade.

 
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